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Criada pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg na década de 1960, comunicação não violenta é uma ferramenta para lidar com conflitos em diversos ambientes. Fundamentalmente, tal ferramenta se baseia, segundo Rosenberg (2006), em “[…] habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas”. Dessa maneira, exploraremos a importância da aplicação dessa maneira de dialogar e seus impactos no ambiente organizacional.
Ao lidar com o ambiente de trabalho, lidamos, essencialmente, com pessoas que possuem suas singularidades e, portanto, convergem e divergem em diversos aspectos. Nesse sentido, é impossível que em uma equipe, eventualmente, não entrem em conflito. A comunicação não violenta, portanto, se torna um potente instrumento para lidar com as adversidades de forma respeitosa consigo mesmo e com toda os membros do grupo.
Quando pensamos em conflitos, a imagem mais comum é a de desentendimentos explícitos, como discussões acaloradas ou confrontos diretos. No entanto, muitos conflitos não são tão evidentes. Eles podem se manifestar de formas silenciosas, como pequenos gestos de indiferença, falta de escuta, posturas passivo-agressivas ou até mesmo pela ausência de comunicação. Portanto, é essencial reconhecer que, mesmo implícitos, os conflitos existem e afetam profundamente as relações de trabalho.
Seguindo essa linha de raciocínio, a única forma de erradicar os conflitos inerentes ao trabalho em equipe é lidando com tais adversidades e chegando em uma resolução que atenda às necessidades de toda a equipe. É aí que a assertividade entra em cena.
Segundo Martins (2017) “o comportamento assertivo é ativo, direto e honesto, transmitindo uma impressão de autorrespeito e respeito pelos outros”. Dessa forma, a postura assertiva não se esquiva de impasses, mas lida com eles de maneira respeitosa em duas vias: consigo mesmo, compreendendo suas limitações e vontades, e com o outro, de maneira empática e não-agressiva.
A CNV, por fim, se mostra como um potente caminho para uma postura assertiva no ambiente organizacional. Fundamentando-se em dois pilares principais, a expressão honesta e a escuta empática, tal instrumento pode ser uma saída para os conflitos não-ditos e dores ocultas que afetam o trabalho em equipe e as relações interpessoais da sua organização.
A comunicação não violenta de Rosenberg propõe quatro componentes principais: a observação, o sentimento, a necessidade e o pedido. No entanto, não devem ser tomados necessariamente como etapas que tornam a comunicação automática, como uma receita de bolo, mas sim suportes para orientar nosso discurso de forma simples e objetiva. Dessa maneira, a CNV é baseada, essencialmente, em comunicar as observações de um dado contexto, nossos sentimentos e necessidades em relação ao que foi observado, e os nossos pedidos para o outro, com um viés resolutivo.
No ambiente de trabalho, a comunicação não violenta pode ser utilizada em diversos contextos. Dessa forma, aqui vão alguns exemplos de quando usar e os benefícios em cada contexto:
Por fim, fica claro que a comunicação não violenta é uma potente ferramenta para um ambiente organizacional mais harmonioso. Na Humanus, oferecemos treinamentos sobre Comunicação não violenta a fim de capacitar a sua equipe a utilizar tal ferramenta e tornar o diálogo mais respeitoso e assertivo.
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Conteúdo por: Vinícius Lopes Lázaro – coordenador de Inteligência de Mercado